A importância do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

Prevenção é a chave para evitar incêndios. Saiba a importância de ter um Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio.

27/02/2023 Aprox. 15min.
A importância do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

Neste artigo, vamos explorar os componentes de um sistema de detecção e alarme de incêndio, sua importância, características da infraestrutura e quais imóveis precisam de um sistema deste tipo.

Componentes de um sistema de detecção de incêndio

Os componentes de um sistema de incêndio incluem detectores de fumaça, detectores de calor, sensores de gás, controladores de incêndio, sirenes e outros dispositivos. Esses componentes trabalham juntos para detectar os primeiros sinais de incêndio e emitir um alarme para alertar as pessoas no local.

1. Detectores de fumaça

Os detectores de fumaça são dispositivos de primeira linha de defesa contra incêndios. Eles funcionam detectando a presença de fumaça no ar e, em caso de incêndio, enviam um sinal para o painel de controle, que ativa o alarme e alerta as pessoas presentes no imóvel.

Existem dois tipos principais de detectores de fumaça: ópticos e iônicos. Os detectores ópticos são mais sensíveis a fumaças espessas, enquanto os detectores iônicos são mais eficientes na detecção de incêndios com liberação de gases inflamáveis.

2. Detectores de temperatura

Os detectores de temperatura diferencial funcionam identificando mudanças rápidas na temperatura do ar. Em caso de incêndio, a temperatura do ar aumenta rapidamente, fazendo com que o detector envie um sinal para o painel de controle e ative o alarme.

Outro tipo de detector de temperatura funciona com um preset fixo de limite de temperatura, gerando alarme quando ultrapassa esse limite.

Os detectores de temperatura devem ser instalados em locais estratégicos para garantir sua eficiência, como por exemplo, próximos a cozinhas ou áreas onde há possibilidade de curtos-circuitos.

3. Sensores de gás

Os sensores de gás são componentes importantes dos sistemas de detecção e alarme de incêndio, especialmente para imóveis industriais. Eles funcionam detectando a presença de gases inflamáveis, como gás natural, GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ou gás de cozinha.
Caso os sensores detectem concentrações perigosas destes gases, eles enviam um sinal para o painel de controle. Além disso, é importante lembrar que estes sensores devem ser calibrados regularmente para garantir sua eficiência.

4. Sensores Multicritério

Sensores multicritérios, que associam diversas tecnologias como detecção de fumaça, temperatura, monóxido de carbono, que permitem uma análise muito mais criteriosa, evitando-se alarmes falsos em ambientes mais rústicos como industriais.

5. Analíticos de vídeo

Detecção por analítico de vídeo é a mais moderna tecnologia de detecção com emprego de câmeras especiais de vídeo, que permitem uma detecção precoce e eficiente em ambientes complexos como depósitos, indústrias ou de processamento onde sujidade, poeira e geração de fumaça de processos são constantes, evitando alarmes falsos e com alto índice de detecção.

6. Detecção Precoce por aspiração

Ambientes limpos de alta criticidade como datacenters, arquivos de documentos, salas limpas, requerem um sistema que possa detectar ínfimas quantidades de fumaça, o que é feito por meio de um sistema de tubulação com furos que aspiram amostras do ar ambiente e analisando em sensores especiais a granulometria e densidade em tempo real, gerando alarmes antes de ocorra a ignição propriamente dita a carga de incêndio, principalmente de origem elétrica como curtos circuitos por falhas de isolação ou superaquecimento de condutores ou equipamentos.

7. Sirenes

As sirenes internas são instaladas dentro do imóvel e são acionadas automaticamente assim que o sistema de detecção de incêndio identifica uma situação de emergência. Elas têm como objetivo alertar os moradores ou funcionários do imóvel sobre a situação de incêndio, possibilitando que eles possam agir rapidamente e se proteger. As sirenes internas devem ser audíveis em todas as áreas do imóvel, para garantir a segurança de todos.

Já as sirenes externas são instaladas no exterior do imóvel e são acionadas automaticamente assim que o sistema de detecção de incêndio identifica uma situação de emergência. Elas têm como objetivo alertar os vizinhos e a comunidade local sobre a situação de incêndio, possibilitando que eles possam oferecer ajuda e apoio. Assim como as sirenes internas, as sirenes externas devem ser audíveis em uma distância adequada, para garantir a segurança de todos.

Não podemos esquecer dos botões manuais de alarme. Eles são acionados por pessoas e permitem que, em caso de emergência, o incêndio seja detectado de forma manual. Eles são uma excelente opção para locais de difícil acesso, como corredores estreitos ou salas com muitos obstáculos.

8. Painel de controle

E o que acontece depois que as sirenes são acionadas? É aí que entra em cena o painel de controle. Este dispositivo é o "cérebro" do sistema de detecção e alarme de incêndio. Ele recebe os sinais dos detectores de fumaça, calor e gás, processa as informações e ativa o alarme caso seja necessário.

O painel de controle pode ser programado para enviar mensagens para as autoridades responsáveis, como o corpo de bombeiros, em caso de incêndio.

Esses são os componentes básicos de um sistema de incêndio, mas há outros componentes que podem ser incluídos dependendo do projeto e das necessidades específicas de cada imóvel.

A tecnologia de comunicação entre os sensores e o painel pode ser convencional, onde os laços de detecção são supervisionados como um todo, podem ser ainda endereçáveis, onde cada dispositivo possui um endereço e podemos identificar falhas de forma individual ou ainda do tipo analógicos, onde os sensores rodam enviam informações em tempo real que são processadas pelo painel.

Características da infraestrutura necessária para o sistema

Para funcionar corretamente, um sistema de detecção e alarme de incêndio precisa de uma infraestrutura segura e confiável. É fundamental que a infraestrutura seja projetada de forma a garantir a integridade do sistema e evitar falhas. Isso inclui a utilização de cabos e fios de alta qualidade, bem como a instalação de dispositivos de proteção contra curtos-circuitos e outros problemas elétricos.

Uma das principais características necessárias é a presença de energia elétrica estável. Mas e se a energia elétrica falhar durante um incêndio? As baterias de backup garantem que o sistema continue funcionando mesmo em caso de falta de energia, mantendo a segurança do imóvel e de seus ocupantes.

Também é preciso que haja espaço suficiente para armazenar o equipamento de detecção de incêndio, bem como cabos e fios que possibilitem a comunicação entre os componentes do sistema. Outra característica importante é a presença de uma conexão à internet para que se possa acessar o sistema remotamente e monitorar a situação em tempo real.

Quais imóveis precisam de um sistema de detecção e alarme de incêndio?

Todos os imóveis podem se beneficiar de um sistema de detecção de incêndio. No entanto, existem alguns tipos de imóveis que exigem a instalação obrigatória desse sistema, conforme estabelecido pela legislação brasileira.

Imóveis comerciais, como shoppings, supermercados, edifícios comerciais, hotéis, hospitais e indústrias, por exemplo, são considerados de grande risco devido ao fluxo constante de pessoas e ao grande volume de materiais inflamáveis, como papéis, tecidos e equipamentos elétricos.

Por isso, esses imóveis precisam ter um sistema de detecção e alarme de incêndio para garantir a segurança das pessoas e minimizar danos ao patrimônio.

Outro tipo de imóvel que requer sistema de detecção e alarme de incêndio é o residencial, especialmente em casos de edifícios de apartamentos de grande porte ou em condomínios fechados. Além disso, empresas que manipulam produtos inflamáveis ou explosivos também são obrigadas a ter um sistema de detecção e alarme de incêndio para garantir a segurança dos trabalhadores e do meio ambiente.

Normas e legislação brasileira reguladoras

A Lei n.º 13.425, de 2017, estabelece as diretrizes gerais para medidas de prevenção e combate a incêndio. E a nova série de normas NBR 7240 de 2021, definem os requisitos mínimos de especificação de produtos, projetos e instalação, manutenção e utilização de sistemas de detecção e alarme de incêndio.

Além disso, a legislação brasileira estabelece que é necessário possuir um sistema de detecção e alarme de incêndio em prédios de grande porte, como shoppings centers, hospitais, escolas e prédios comerciais, por exemplo.

Devido às dimensões continentais do Brasil, cada estado possui normas locais definidas pelo Corpo de Bombeiros Militar que devem ser observadas antes de iniciar um projeto de sistemas de detecção e combate a incêndio, bem como prevenção de pânico.

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Carlos

Carlos

CTO

Engenheiro Eletricista e Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em Cybersecurity, com atuação no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e automação predial, segurança eletrônica, eficiência energética e conservação de energia na área predial. Desenvolvimento de sistemas de supervisão e controle predial e residencial (BMS).


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