O que são e como funcionam os sistemas fixos de combate a incêndio?

Confira o que são, como funcionam e as principais características dos sistemas fixos de combate a incêndio.

20/07/2022 Aprox. 13min.
O que são e como funcionam os sistemas fixos de combate a incêndio?

Um incêndio pode causar danos irreparáveis a vidas de pessoas e empreendimentos físicos. Para evitar esse tipo de incidente, uma medida fundamental é investir em sistemas fixos de combate a incêndio.

O que são os sistemas fixos de combate a incêndio

Os sistemas fixos de combate a incêndio são caracterizados pela instalação de equipamentos para extinção de incêndio em edificações comerciais, industriais e residenciais.

Podemos citar como exemplo de equipamentos, hidrantes, mangotinhos, sprinklers e até estruturas mais sofisticadas, que utilizam gases, por exemplo. A principal função desses sistemas é garantir a segurança das instalações e das pessoas que ali circulam ao oferecer os recursos para uma reação rápida em caso de incêndio.

Entenda como os sistemas fixos de combate a incêndio funcionam

Os sistemas fixos de combate a incêndio possuem operações específicas que variam de acordo com fatores, como:

  • Dimensões dos ambientes;
  • Tipo de material a ser protegido;
  • Tipo de agente extintor;
  • Tipo de detecção e alarme.

Os equipamentos dos sistemas fixos de combate a incêndio podem ser classificados entre manual ou automático.

Como o próprio nome indica, o sistema manual exige que o acionamento do alarme e a liberação do agente extintor sejam feitos de forma manual, por meio de uma botoeira. Ou seja, é um sistema que exige a ação humana.

Já o sistema automático possibilita que os detectores disparem um aviso para a central de atendimento, que ativa o alarme e aciona o sistema. Nesse caso, não é necessária uma ação humana. Tudo é feito de forma automática!

Além disso, os equipamentos podem utilizar água, espuma ou agentes gasosos.

  • Água: os hidrantes, mangotinhos, redes de sprinklers e extintores a base d'água são os equipamentos que utilizam a água como agente extintor. Não devem ser utilizados em redes energizadas ou em cozinhas em chamas.
  • Espuma: age por meio da descarga de LGE (Líquido Gerador de Espuma) em contato com a água da tubulação. É um sistema bastante utilizado na indústria petroquímica, farmacêutica e em operações de gases e óleo.
  • Agente gasoso: entre as principais opções, pode-se citar CO2, FM-200, Novec-1230 e Inergen. A extinção das chamadas se dá por reação química com descarga por meio de bicos.

Conheça 10 tipos de sistemas fixos de combate a incêndio

O tipo de sistema fixo de combate a incêndio é definido com base nas características da edificação e na natureza da atividade desenvolvida no local. Após essa análise, elabora-se um projeto para implementar o sistema ideal, que pode ser de um dos tipos abaixo:

1. Sistema fixo de detecção e alarme

Apesar de não serem diretamente ativos no combate às chamas, os sistemas fixos de detecção e alarme iniciam nossa lista por serem mecanismos essenciais para alertar o Corpo de Bombeiros sobre um princípio de incêndio. Por isso, devem ser instalados em locais estratégicos.

Os detectores podem ser de fumaça, chamas, temperaturas ou gases. Outra subdivisão é quanto ao tipo de disparo do sistema, que pode ser convencional ou endereçável. No primeiro caso, mais indicado para edificações pequenas, não existe como indicar o ponto exato do foco do incêndio. Já no segundo, a central é informada da localização.

2. Sistema com sprinklers (chuveiros automáticos)

Apesar do nome parecer complicado, os sprinklers formam um sistema fixo de combate a incêndio bastante conhecido do público em geral. São aqueles “mini chuveiros” que são primordiais para o combate inicial às chamas.

É acionado após o líquido termossensível em seu interior se expandir com o aumento da temperatura. Com isso, a ampola se rompe e ativa o sistema, liberando água pressurizada. A quantidade de sprinklers, o grau de sensibilidade e a distância entre eles é definida no projeto inicial.

3. Sistema com hidrantes e mangotinhos (mangueira)

De acordo com as características da edificação e das normas técnicas, pode ser necessária a instalação de hidrantes e mangotinhos, quando os extintores portáteis não forem suficientes.

Esse sistema é abastecido por uma rede hidráulica pressurizada e exige treinamento prático para a utilização dos equipamentos. Por isso, são utilizados pelos próprios bombeiros ou brigadas de incêndio capacitadas.

4. Sistema com LGE (líquido gerador de espuma)

Bastante utilizados na indústria, os sistemas fixos de proteção contra incêndio com LGE são indicados nos casos que as chamadas são causadas por combustíveis, óleo e gases.

Ao ser disparado, o sistema utiliza um composto concentrado de detergente líquido misturado com água (pura, salobra ou água do mar), que forma a espuma que resfria e apaga as chamas. Esse sistema também age por abafamento, importante para evitar que os gases se espalhem pelo ambiente.

5. Sistema por CO² (dióxido de carbono)

Indicado para os ambientes sem a presença humana, pois pode causar asfixia, o sistema por CO² é bastante utilizado em plataformas de petróleo, salas com geradores, depósitos com produtos inflamáveis, áreas industriais e dutos de coifas industriais e comerciais.

O sistema age pelo resfriamento e supressão de oxigênio, através de bicos difusores posicionados na área. O monitoramento é feito por uma central que aciona o sistema caso detecte uma elevação na temperatura.

6. Sistema com Novec 1230

Composto de cilindro, tubulações, válvulas e bicos de descarga, o sistema com Novec 1230
pode ser utilizado em ambientes com pessoas e não afeta a integridade de equipamentos, mídias e arquivos.

Por isso, é um agente ideal para a proteção de acervos sensíveis, como Data Centers, CPDs, salas de controle e museus. A ação do fluído é rápida e acontece em, no máximo 10 segundos.

7. Sistema com gás FM 200

Conhecido por ser um agente limpo, incolor e inodoro, o FM-200 é um gás não-tóxico de ação rápida na extinção das chamadas. Em concentrações limitadas, pode ser utilizado em áreas com a presença humana.

É mais indicado para o combate às chamadas em espaços que abrigam objetos sensíveis à água como eletrônicos, data centers, CPDs e bibliotecas.

8. Sistema com Água Nebulizada (Water Spray)

Normalmente utilizado em hospitais, túneis, estações de metrô, indústria naval e plataformas, o sistema com água nebulizada é caracterizado pelo resfriamento do espaço e aspersão da água em forma de névoa.

9. Sistema com Inergen

Caracterizado por ser um composto com concentração de 52% de nitrogênio, 40% de argônio e 6% de dióxido de carbono, o Inergen é um agente limpo, que não causa danos a equipamentos e instalações.

Também é um agente seguro para a presença humana e age de forma rápida em ambientes com nível de oxigênio acima de 15%. É um sistema indicado para uso em museus, bibliotecas, arquivos de fitas, salas de Controle, CPDs e demais ambientes onde a aplicação de água causaria danos.

10. Sistema com R-102

Utilizado para proteção de coifas e dutos em cozinhas industriais e comerciais, o sistema com R-102 extingue as chamas por abafamento e impede a emissão de vapores inflamáveis.

Em restaurantes, fast food, shopping centers e praças de alimentação, o acúmulo de gordura tem um amplo potencial de ignição. Por isso, o produto age diretamente na gordura quente, formando uma camada de espuma.

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Carlos

Carlos

CTO

Engenheiro Eletricista e Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em Cybersecurity, com atuação no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e automação predial, segurança eletrônica, eficiência energética e conservação de energia na área predial. Desenvolvimento de sistemas de supervisão e controle predial e residencial (BMS).


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